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Dheo Consultoria

A Era dos CEOs Influencers e Magnéticos

Como eles estão moldando o jogo da cultura organizacional
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Adeildo Nascimento

Founder, Dheo Consultoria

Vivemos tempos interessantes. Cada vez mais, CEOs ativistas e “garotos propaganda” de suas empresas estão se tornando verdadeiros imãs para talentos. A figura do CEO está mudando – e muito. Não basta mais liderar de forma “tradicional”. As novas gerações de profissionais buscam algo a mais do que salário e benefícios. Eles querem propósito, alinhamento de valores e, acima de tudo, inspiração.

Veja Elon Musk, por exemplo. O cara é uma máquina de inovação e controvérsia. Amado por uns, odiado por outros, mas inegavelmente magnético. A Tesla não atrai apenas engenheiros por causa dos seus carros elétricos. Atrai visionários que compartilham da visão de um futuro sustentável e ousado. E não é só ele. Aqui no Brasil, por exemplo, vários CEO’s também são exemplos de como uma liderança que não tem medo de se posicionar pode moldar a cultura organizacional e atrair talentos. Quer você goste ou não do que eles falam ou defendem, o ponto é que eles estão demarcando claramente o que esperam de suas culturas organizacionais e dos profissionais que farão parte de seus times.

Esse fenômeno não acontece por acaso. Quando um CEO “dá a cara” sobre suas crenças e valores, ele envia um sinal claro para o mercado. Profissionais que se identificam com essas ideias se sentem naturalmente atraídos. É quase como um radar biológico. A liderança que se alinha com pautas sociais, políticas, ambientais, éticas e/ou ideológicas está, na verdade, criando um filtro poderoso. A atração de talentos se torna uma espécie de seleção natural.

Os CEOs ativistas não ficam em cima do muro. Eles definem claramente os aspectos relevantes da cultura organizacional. Esse posicionamento firme pode ser arriscado, mas os benefícios são imensos. Pense na Patagonia, cuja liderança é conhecida por suas posições ambientais rigorosas. Os profissionais que se candidatam a vagas na empresa não estão apenas em busca de um emprego, mas de uma causa com a qual possam se engajar profundamente.

Mas como é que esses líderes conseguem manter essa presença magnética? Primeiro, é preciso ter uma visão clara e comunicá-la de maneira eficaz. A autenticidade é a chave. As pessoas conseguem perceber quando um líder está sendo genuíno ou apenas jogando para a plateia. Além disso, a presença digital é fundamental. Os CEOs que dominam as mídias sociais e outras plataformas online conseguem amplificar suas vozes e alcançar um público muito maior. Pense no impacto dos tweets de Elon Musk. A presença digital não é apenas uma ferramenta de comunicação, mas um agregador para criar comunidades de seguidores e potenciais talentos.

E não podemos esquecer das histórias pessoais dos CEOs que criam uma conexão emocional com o público. Quando conhecemos os desafios e triunfos pessoais de um líder, nos sentimos mais próximos e mais propensos a querer fazer parte dessa jornada.

No entanto, há desafios. Como um CEO pode aumentar sua presença digital sem perder a autenticidade? Como equilibrar a exposição pública com a privacidade? E mais importante, como garantir que a mensagem seja consistente e alinhada com as ações da empresa? Porque, aqui entre nós, não adianta contar mentiras ou inventar histórias “bonitinhas”, na verdade isto é um grande risco nos dias de hoje.

Então, quais são as estratégias que podem ajudar os CEOs a navegar neste novo mundo? Primeiro, é crucial entender o público-alvo. Saber o que os potenciais talentos valorizam e o que estão buscando em um empregador. Em seguida, é importante criar conteúdo autêntico e relevante que ressoe com esses valores. As plataformas digitais devem ser usadas de forma estratégica, sem exageros, mas com consistência.

Outra estratégia é envolver a equipe de comunicação e marketing para garantir que a mensagem esteja alinhada com a da empresa. Transparência e consistência são fundamentais. A voz do líder deve ecoar os valores e a cultura organizacional de forma clara.

O caminho para se tornar um Líder Magnético não é fácil, mas com uma visão clara e uma estratégia bem definida, é possível criar uma cultura organizacional forte e atrativa, onde talentos se sintam inspirados e engajados.

Não é de hoje que sábios filósofos e escritores nos apontam que ficar em cima do muro ou ser morno não é lá uma boa opção. Se por um lado muita gente detesta CEOs influencers, por outro muitos talentos sonham em trabalhar com eles. E num cenário onde temos escassez de engajamento e motivação para o trabalho, escolher lados e causas tem surtido muito efeito quando se trata de formação de times e cultura de alta performance. Em um mercado de trabalho cinza, as cores chamativas “chamam”.

#PrimeiroAsMentes

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