Excesso de burocracia pode comprometer engajamento e produtividade nas empresas

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Básica Comunicações

Fundador da DHEO Consultoria, Adeildo Nascimento, avalia como culturas organizacionais excessivamente centralizadas e processuais afetam decisões, clima e resultados

Embora surja como uma tentativa natural de organização à medida que empresas crescem, a burocracia pode rapidamente se transformar em um dos maiores obstáculos à produtividade, à inovação e ao engajamento dos colaboradores. Esse é o alerta feito por Adeildo Nascimento, especialista em cultura organizacional e fundador da DHEO Consultoria, em mais uma edição da série de vídeos DHEO no Youtube.

“O que começa como um esforço para criar ordem pode se transformar na ‘maldição da burocracia’, uma cultura baseada em desconfiança, processos redundantes e decisões centralizadas”, explica Nascimento.

Segundo ele, microgerenciamento, reuniões desnecessárias e processos complexos entre áreas não só atrasam decisões como minam a motivação dos profissionais. Esse cenário é sustentado por diversos dados recentes.

A pesquisa Five Trademarks of Agile Organizations, publicada pela McKinsey em 2018, apontou que organizações com altos níveis de burocracia têm ciclos de decisão até cinco vezes mais lentos do que empresas com estruturas mais ágeis. Já a revista The Economist, em uma pesquisa de 2014, estimou que a burocracia custa até US$3 trilhões por ano em produtividade desperdiçada globalmente.

Fricção organizacional: um conceito para ser evitado

Criado pelo professor de Stanford, Bob Sutton, no livro The Friction Project, o conceito de fricção organizacional é o efeito de colocar obstáculos, desafios ou burocracia quando um cliente, um colaborador ou um líder da sua empresa deseja fazer alguma coisa e você torna a tarefa difícil, penosa ou frustrante.

Na visão de Sutton, líderes inteligentes são justamente aqueles que tornam o certo fácil de fazer e o errado difícil. Entretanto, para Nascimento, este é um grande desafio das lideranças: manter o equilíbrio, criando processos que garantam segurança e qualidade sem engessar a tomada de decisão e desmotivar os times.

Como solução, o especialista defende a construção de uma cultura organizacional centrada em autonomia, confiança e colaboração interdepartamental. “Quanto mais burocracia você tem, mais você diz pro teu time que você não confia nele. Então a gente tem que criar o contrário, uma cultura de autonomia e de responsabilização, onde as pessoas podem fazer aquilo que é certo de maneira fácil”, finaliza Nascimento.

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